O Dia da Terra é comemorado anualmente a 22 de abril. Este dia reconhece a importância do planeta e alerta todos os habitantes para a importância e a necessidade de preservar os recursos naturais de todo o mundo. Este dia é hoje celebrado em mais de 190 países, com a participação de cerca de mil milhões de pessoas que manifestam o seu compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade da Terra.
É o dia do ano mais importante para o planeta Terra, dedicado a chamar a atenção para a necessidade de promover um desenvolvimento sustentável enquanto fator fundamental para a qualidade de vida das futuras gerações. Na verdade, os números mostram que as emissões globais de CO2 estão agora de volta aos níveis pré-pandêmicos, apesar de toda a conversa sobre “cura natural” quando todos os países entraram em confinamento. Considerando que precisamos de diminuir drasticamente as emissões em cerca de 45% até 2030 para manter o aquecimento global em 1,5°C, a magnitude do desafio que enfrentamos é clara.
Este ano, o tema gira em torno da Recuperação da Terra, e é assinalado através de uma cimeira climática global convocada pela Administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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Em cinco décadas, o planeta quase entrou em colapso: das alterações climáticas à poluição por plástico, os ecossistemas estão em risco e surge uma ação efetiva e conjunta. É nesse sentido que todos os anos várias Organizações procuram mobilizar entidades e indivíduos para fazerem ações locais que, ao multiplicarem-se pelo mundo, funcionam como um todo. O grande objetivo de assinalar este dia é também catalisar uma espécie de colaboração global. É urgente consciencializar a população mundial para o impacto ambiental da ação do homem.
Com pequenas ações, podemos fazer a diferença!
- Alimentação - Esta é talvez a área onde cada um de nós pode mais facilmente reduzir a sua pegada ecológica, nomeadamente através da redução do consumo de proteína animal. A realidade portuguesa mostra-nos que comemos 200% a mais de proteína animal do que deveríamos e apenas cerca de metade da fruta, dois terços dos vegetais e menos de um quarto das leguminosas. Para fazer face a este problema ambiental poderá começar por fazer menos refeições com carne, substituindo-as pela introdução das leguminosas na sua alimentação, e reforçar os legumes e frutas frescos, locais e não processados. Para bem da sua saúde prefira produtos com um modo de produção biológico.
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- Consumo - Da próxima vez que estiver prestes a comprar algo, pare um segundo e pergunte a si mesmo: é mesmo necessário comprar? Consegue pedir emprestado, alugar ou comprar em segunda mão? Que recursos foram usados, onde foi feito e por quem (e em que condições sociais)? É durável, reutilizável, reparável, atualizável? E pode ser realmente reciclado no final da sua vida? Colocar estas questões poderá permitir-lhe evitar muitas despesas desnecessárias e poupar toneladas de recursos ambientais.
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- Mobilidade - Esta continua a ser uma das áreas de grande impacto na nossa vida, em particular se viajarmos de avião. Contudo, a utilização do transporte individual é também uma das ações mais impactantes do nosso quotidiano. Faça a experiência de usar os transportes públicos durante uma semana ou um mês, combine modos suaves (bicicleta, trotineta, skate ou mesmo andar a pé) e desfrute da liberdade, da descontração e do tempo que daí resultará. Pode até aproveitar para colocar a sua leitura em dia.
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- Participação cívica - Exija políticas públicas sustentáveis e que as empresas forneçam produtos e serviços que respeitem o equilíbrio ambiental, os direitos humanos e promovam a nossa saúde. Faça ouvir a sua voz e peça para que haja mais produtos com rótulos ecológicos, produtos biológicos que sejam mais acessíveis, que as embalagens dos produtos sejam á base de materiais reciclados, para que haja menos produtos descartáveis e mais opções de reutilização, reparação e atualização.
- Plástico – O governo, as empresas e associações unem-se num compromisso comum para que o plástico não chegue a converter-se em resíduo, procurando maximizar a vida útil dos objetos em plástico e conseguir assim uma verdadeira economia circular. Desde empresas de gestão de resíduos, retalhistas, autarquias e universidades, já são 100 os aderentes ao projeto PPP (Pacto Português para os Plásticos), cada um contribuindo com conhecimentos relevantes e complementares em prol de um objetivo comum. Uma das principais metas é que todas as embalagens de plástico sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.
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Não importa o tamanho do passo que se dá, o que importa é que é dado na direção certa, consistentemente. Neste desafio em comum, todos contam e todos são importantes. Vamos ter um impacto positivo no mundo e preservá-lo!